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ESTÊVÃO Roberto da SILVA

Foto do escritor: Fátima MartiniFátima Martini

Filho de escravos africanos, Estêvão Roberto da Silva (Rio de Janeiro, RJ., 1845-1891) ingressou na Academia Imperial de Belas Artes em 1864.

Durante a jornada acadêmica sabe-se que ele compartilhou estudos com renomados mestres, como Victor Meirelles, e demonstrou interesse especial no tema das naturezas-mortas com a assistência de Agostinho da Motta.

Na Academia, Estevão Silva foi constante na produção de sua obra com participação nas sucessivas Exposições Geral de Belas Artes, que ocorreram cerca dos anos de 1872, 1875 e 1879.

Retratos, temas históricos e sagrados foram apresentados em 1884, durante a 26ª Exposição Geral de Belas Artes, a última da Aiba.

No convívio com os paisagistas Georg Grimm, Antônio Parreiras e Castagneto, por volta dos anos 1884 e 1885, nasceu em Estevão Silva o desejo de pintar a partir da observação direta da natureza.

No entanto, a paisagem e o espaço exterior se mantiveram distante de suas tintas e paleta, levando-o a permanecer fiel aos princípios administrados pela Academia.

Afastado do grupo, que se reunia em Niterói, Estevão da Silva preferiu dedicar-se quase que exclusivamente ao gênero das naturezas-mortas, mesmo sendo um assunto depreciado pela crítica do período, que preferia os históricos e os retratos, considerados mais importantes.

ESTÊVAO Roberto da SILVA (1845-1891) Natureza-morta, década de 1880. Óleo sobre tela, 53x64. Pinacoteca do Estado de São Paulo, SP.

 

Parte do texto publicado em

MARTINI, Fátima Sans. A Pintura Acadêmica e o Ecletismo no Brasil do século XIX. Santos, SP., 2023. Disponível em:





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