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A imitação do mobiliário de luxo

Foto do escritor: Fátima MartiniFátima Martini

Na História do mobiliário observa-se que a aplicação de técnicas de pintura é um dos meios mais populares e fáceis para a imitação de acessórios empregados para embelezar os móveis de luxo: pedras preciosas e semipreciosas, marfim, folha de tartaruga, de ouro, de prata e cobre; madeiras raras, mármores coloridos.

Cadeira com encosto. Madeira e fibra vegetal, 44,3x55,3x90,9 (h). 18ª Dinastia (1425–1353 a.C.) Amenhotep II, Tuthmosis IV, Amenhotep III. Tumba de Kha. Deir el-Medina. Museo Egizio, Turim, Itália.


Com encosto inclinado e pontão, reforço na fixação do assento e perfeitos encaixes nas juntas fixados com resina, a cadeira mais bem conservada encontrada na tumba de Kha, em Deir el-Medina é um exemplo do mobiliário copiado da realeza.

Executada com as mesmas formas e aparentemente com a mesma durabilidade, a cadeira apresenta artifícios que imitam valiosos materiais.

O espaldar recebe decoração de pintura nas laterais e borda superior em padrão que lembra diamante, nas cores pretas e brancas, imitando as incrustações de madeira ébano e marfim.

Flores e botões de lótus, cachos de uvas, e espirais são representados na parte superior do encosto. Uma coluna de hieróglifos traçada a tinta preta envolve ambos os lados de um grande retângulo preto e branco, dividido em seis seções verticais.

A cadeira apresenta o formato de pernas felinas, traseiras e dianteiras, com destaque para as patas, que descansam sobre base cilíndrica, de madeira com ranhuras, imitando a fileira de cilindros das cadeiras imperiais.

 

REFERÊNCIA


MARTINI, Fátima Sans. MOBILIÁRIO DO ANTIGO EGITO E DA ANTIGA GRÉCIA – Design e História. Santos, SP.

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